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Tragédias coletivas

Por Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista

Com certa frequência ocorrem fenômenos trágicos no planeta terrestre gerando sofrimentos humanos indescritíveis, que abalam a civilização e ameaçam de extinção os habitantes de qualquer espécie de vida.

No passado houve períodos terríveis que o sacudiram, alterando-o na forma e praticamente destruindo a vida nas suas variadas expressões.

Esses lamentáveis acontecimentos decorrem das condições que o mantêm, tais as adaptações das placas tectônicas, do seu interior constituído pela ebulição de metais diluídos em altíssimas temperaturas e gases venenosos, como também do Sol que o aquece em intérmina alteração, transformando a energia em matéria e sucessivamente.

Terremotos, maremotos, tsunamis, tornados, tempestades, incêndios, gelo e calor são efeitos naturais do nosso astro no bailado cósmico.

A vida que nele enfloresce e se desenvolve é transcendente, e aí encontra as condições próprias para a sua existência, muitas delas resultado dessas mudanças bruscas através do tempo…

Através da inteligência o ser humano tem descoberto os recursos para o seu aperfeiçoamento e compreensão da sua finalidade e preservação. Dessa forma, partiu da ignorância e vem alcançando níveis jamais sonhados, através dos quais compreende a história de si mesmo e do astro que o alberga. Descobriu que a vida é patrimônio divino, derivada de uma Causa Absoluta, que faculta a plenitude e estabeleceu as diretrizes de como alcançá-la.

Em todas as épocas, desde quando surgiram as primeiras expressões do pensamento, do raciocínio, essa questão tornou-se essencial para o processo de evolução e lentamente constatou que a existência na Terra se origina no mundo espiritual, que preexiste e sobrevive à física.

Hoje sabemos que a nossa mente, manifestação do Espírito que somos em nossa realidade transcendente, envolve-se de matéria e avança no descobrimento das leis da Vida na direção do Pai Criador.

Quando respeitadas e vividas, há um avanço, um progresso que raia à felicidade. Mas quando não as consideramos e damos um sentido avesso à existência, geramos situações dolorosas para nós mesmos e à sociedade.

O homem e a mulher contemporâneos, descobrindo o prazer e a ilusão, têm-se apegado de tal forma nesses sentimentos que se transformaram em trânsfugas do dever e em débito com as divinas leis.

Tal conduta tem apressado o surgimento de tragédias coletivas que se amiúdam, convidando à reflexão e à mudança de conduta.

Nesses momentos, além dos sofrimentos, desperta-se para a solidariedade a misericórdia, o amor, a união e a ajuda recíproca.

Esta é a hora do despertar da consciência.

Cada qual faça um exame da própria conduta.

Renovemo-nos espiritualmente e ajudemos, ajudando-nos.

Artigo originalmente publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 14 de maio de 2024.


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